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domingo, 3 de junho de 2018

CASA DA FAZENDA DO CAPÃO DO BISPO

CASA DA FAZENDA DO CAPÃO DO BISPO
Avenida Suburbana, 4616 em Del Castilho
BTN - Tombamento em 30.08.1947.
Exemplar típico da arquitetura rural do século XVIII.
A Fazenda do Capão do Bispo, antigo engenho, era uma das fazendas mais importantes da antiga Freguesia de Inhaúma e um dos primeiros núcleos disseminadores de mudas de café rumo ao interior, para as plantações que iriam representar a maior riqueza da província fluminense e do país no Segundo Reinado.
A Casa do Capão do Bispo pode ser considerada um símbolo da arquitetura vernacular brasileira. Pertenceu ao Bispo José Joaquim Justiniano, o primeiro Bispo nascido no Brasil, até sua morte, em 1805. Inclui-se no Projeto Circuito de Fazendas Históricas do Rio de Janeiro.
Fonte: Prefeitura Municipal.



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Grupo cria associação para recuperar a Fazenda Capão do Bispo, em Del Castilho
Joia da época colonial tombada pelo Iphan está fechada desde 2011
Maurício Peixoto (Jornal O GLOBO)
30/08/2019 - 09:00

RIO — E m meio ao vaivém de carros e pessoas na agitada Avenida Dom Helder Câmara 4.616, em Del Castilho , uma joia do período colonial brasileiro permanece de pé, porém em ruínas. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ( Iphan ), a Fazenda Capão do Bispo , antigo engenho fundado em 1761, uma das propriedades mais importantes da antiga Freguesia de Inhaúma , e hoje pertencente ao governo do estado, pode estar esquecido pelas autoridades, mas sua importância se mantém viva na memória de moradores e comerciantes. Com o objetivo de recuperar o local, um grupo fundou, no começo do ano, a Associação dos Amigos do Capão do Bispo .

O nome se deve ao terreno comprado pelo Bispo Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas de Castelo Branco, que ali ergueria a sua fazenda, sobre o capão (porção de mato isolado no meio do campo) de um outeiro de 20 metros. Em 1947, a propriedade, de relevância histórica, foi tombada, passando, em 1969, ao então governo do Estado da Guanabara. Restaurado nos anos 1970, serviu de instalação para o Centro de Estudos Arquelógicos, desativado em 2011 . Desde então, o imóvel segue fechado e abandonado.

A associação pretende transformar o Capão do Bispo em centro cultural , com o nome de André Rebouças (1838-1898), engenheiro abolicionista que projetou o bairro de Del Castilho.

— Vamos apresentar um projeto, elaborado por arquitetos da associação, ao Inepac (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural) em duas semanas. Sabemos da condição financeira do estado e da necessidade de parcerias. Queremos que o espaço atenda ao bairro de Del Castilho e adjacências, tão carentes de cultura — afirma Aylton Mattos, um dos integrantes do grupo.

Sábado passado, foi organizado um ato na porta da propriedade, com a presença de autoridades, entre elas Cláudio Prado de Mello, diretor do Inepac. Após o evento, o órgão afirmou, por meio de nota, que técnicos da Secretaria de Cultura iriam elaborar o edital e definir o termo de cessão para entidades sem fins lucrativos que estejam dispostas a promover a recuperação do bem tombado e a sua manutenção.

Em 2016, segundo matéria publicada no GLOBO-Tijuca, a Fazenda do Capão do Bispo enfrentava perigo real de invasão . Na ocasião, o local, que contava com vigilância 24 horas, estava há mais de um mês sem qualquer tipo de segurança. O motivo, segundo moradores e comerciantes, era a falta de pagamento dos vigilantes pelo governo do estado, que administra o local. Sem qualquer supervisão, usuários de drogas têm frequentado o local, ainda de acordo com moradores

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