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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA APRESENTAÇÃO - IRAJÁ

Praça Nossa Senhora da Apresentação, 272. Irajá.
BTM – Decreto 12.654/94

Construída em pedra e cal, a Igreja data das primeiras décadas do século XVIII. De concepção arquitetônica singela, apresenta nave única separada da capela-mor pelo arco-cruzeiro.




sábado, 28 de setembro de 2019

IGREJA MATRIZ DE SÃO FIDÉLIS DE SIGMARINGA, na praça Guilherme Tito - São Fidélis-RJ

Tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) em 2002, a Igreja Matriz de São Fidélis de Sigmaringa fica às margens do Rio Paraíba do Sul. Com estilo arquitetônico eclético, a Igreja tem traços barrocos, neoclássicos e românticos. Inaugurada em 1809, foi restaurada em 2010 e abriga uma das maiores curiosidades de São Fidélis: um túnel no qual há uma série de catacumbas, mas que só pode ser visitado por pesquisadores autorizados. É em torno da Matriz que acontece a Festa de São Fidélis de Sigmaringa, padroeiro da cidade. Fonte: mapadecultura.rj.gov.br

Em 1779 fundaram os Capuchinhos italianos Fr. Angelo Maria de Luca e Fr. Victorio de Cambiasca a aldeia de São Fidélis de Sigmaringa, povoada de índios coroados. Pela resolução de 3 de Fevereiro de 1824 foi a aldeia desanexada do distrito de Campos e incorporada ao de Cantagalo, voltando novamente para o de campos por decreto do Novembro do ano seguinte. Foi criada Vila por lei provincial nº 503 de 19 de Abril de 1850, e instalada em 5 de Março de 1855; elevada à cidade por lei nº 1533 de 3 de Dezembro de 1870. Compreende as paróquias de São Fidélis de Sigmaringa, Nossa Senhora da Conceição da Ponte Nova e Senhor Bom Jesus do Monte Verde.
População recenseada em 1890: 23.441 habitantes.  Fonte: BN
População Censo IBGE/2010: 37 543 habitantes.

Tombamento provisório: E-18/ 001.706/2002

A Igreja Matriz de São Fidélis retratada
em pintura de Maximilian zu Wied-Neuwied em 1822
Fonte: Wikipédia

Igreja de São Fidélis, fotografada por Victor Frond.
A foto consta do livro "Brazil Pitoresco"
editado em Paris com fotografias tiradas
por Victor Frond, para D. Pedro II.

São Fidélis, em novembro de 1971. Arquivo Nacional.
Fonte: Wikipédia

Fonte: Correio da Manhã - 1971
Fonte: Wikipédia



Foto noturna




SOLAR BARÃO DE VILA FLOR - Praça Guilherme Tito de Azevedo, 135, Centro -SÃO FIDÉLIS - RJ

Na primeira metade do século 18, o fazendeiro João Manoel de Souza (1821-1900) teimou em querer ter um título nobre. Para isso, decidiu que iria impressionar D. Pedro II, construindo um elegante solar, em 1847, ano em que o Imperador visitou a região de São Fidélis pela primeira vez. Deu certo: depois que o monarca se hospedou no lugar, em 1878 e 1883, João Manoel conseguiu seu tão sonhado título de Barão e ainda fez com que São Fidélis, até então província de Campos dos Goytacazes, fosse elevada à categoria de Vila em 1850 e passando a ser cidade em 1870.
O prédio foi doado para a prefeitura em 1957 e foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) em 2002. Além dos objetos, móveis, quadros e livros do Barão, que estão no Memorial, o solar também abriga a Biblioteca Pública Municipal Corina Peixoto de Araújo e a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de São Fidélis. Fonte: Site Mapa de Cultura RJ

Tombamento provisório :E-18/ 001.706/2002









terça-feira, 17 de setembro de 2019

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA CABEÇA - RUA FARO, 80 - JARDIM BOTÂNICO

Trata-se de um dos mais antigos templos religiosos da cidade que manteve sua configuração original. Pela sua importância histórica, além do tombamento federal que data de 1965, esta recebeu recentemente o tombamento municipal, através do Decreto n°24.525 de 13 de agosto de 2004. A capela de Nossa Senhora da Cabeça está situada nos terrenos da Casa Maternal Mello Mattos, na Rua Faro 80, na encosta do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, envolta pela mata remanescente da Floresta da Tijuca.

"Situada na encosta do Jardim Botânico, envolta pela mata da Floresta da Tijuca, a igrejinha foi erguida, provavelmente entre 1603 e 1607, por ordem do governador Martim Corrêa de Sá, às margens de um riacho também batizado de Cabeça. O culto à Virgem de mesmo nome foi iniciado pelo mandatário da Capitania Real do Rio de Janeiro, tendo sido sua família a responsável pela vinda da imagem diretamente de Portugal.

A estrutura da capela é composta por uma fachada simples, com frontão triangular e ombreiras de
cantaria, duas janelas gradeadas e uma porta almofadada de madeira. Do lado de dentro, há um único cômodo, pavimentado com lajotas de barro e coberto por abóbada de berço feita de alvenaria. O altar é de madeira, com veios policromados já do século XVIII.

No período de sua execução, as áreas onde hoje estão os bairros da Tijuca, Laranjeiras, Gávea e Andaraí eram dominadas pelos engenhos de açúcar. Entre 1576 e 1577, uma fábrica de açúcar nas proximidades da Lagoa de Sacopenapã (atual Rodrigo de Freitas) recebeu a denominação de Engenho d’El Rei, impulsionando o desenvolvimento da região. A construção de capelas havia se tornado comum nas fazendas e chácaras de proprietários com boa situação econômica, como forma de reduzir os grandes deslocamentos até paróquias da cidade para cumprir as atividades religiosas dos moradores.

Ao longo dos anos, a igrejinha sofreu diversas reformas, sendo a última em 2005, quando foram recuperados o telhado, esquadrias, alvenarias de pedra e cal e o piso. Durante a intervenção, acompanhada por arqueólogos, encontraram-se vestígios de louça, vidro e outros materiais dos séculos XVII, XVIII e XIX." Fonte: Almanaque Carioquice 2018








segunda-feira, 16 de setembro de 2019

CASA VILLINO SILVEIRA NA RUA DO RUSSEL, 734 - AO LADO DA EXTINTA TV MANCHETE

Tombamento 09/06/1970

A Casa foi erguida para Gervásio Renault da Silveira, fabricante do Elixir Nogueira, pelo arquiteto/escultor italiano Antonio Virzi*, em 1915. O prédio, de três andares, apresenta características de construção medieval, influenciadas pelo Modernismo. Trata-se de um "art-noveau" legítimo e que, por sua importância, foi citado no livro "Arquitetura Contemporânea no Brasil", do historiador Yves Bruand. A casa foi adquirida pelo Hotel Glória no início dos anos 1980 e hoje é propriedade do empresário Eike Batista.
Fonte: O Globo de 09 de Abril de 1985 e 11 de Novembro de 2012.

* Antonio Virzi (1882-1954) chegou ao Rio em 1910, foi professor da Escola Nacional de Belas Artes e construiu diversas propriedades para uma burguesia carioca mais extravagante.
Fonte: O Globo de 11 de Novembro de 2012.




A Sede da extinta Manchete foi tombada por Lei Municipal nº 2.677 de 18/09/1998




domingo, 15 de setembro de 2019

MIRANTE DA GRANJA GUARANY - TERESÓPOLIS- RJ

O Quiosque das Lendas é uma estrutura em estilo neo colonial, decorado com azulejos pintados pelo artista português Jorge Colaço. A estrutura foi erguida na Granja Guarani a mando da Família Guinle, a loteadora do bairro, e sua inauguração ocorreu em novembro de 1929.

Do Mirante da Granja Guarani, o visitante tem uma espetacular vista de boa parte da Serra dos Órgãos. Do local, também é possível avistar um parte do bairro do Alto e ainda parte da Granja Comary, onde está situada a sede de treinamentos da CBF – Confederação Brasileira de Futebol.

Tombamento provisório: 07/01/1988





CASA DAS IRMÃS PERRY - TERESÓPOLIS-RJ

A casa das irmãs Perry foi construída em 1845, pelo inglês radicado no Brasil, Richard Heath, administrador e mais tarde sócio do também inglês George March, desbravador e colonizador das terras onde hoje está a cidade de Teresópolis. Situada na avenida Delfim Moreira, principal via do núcleo inicial do centro da cidade, em terreno arborizado e de grandes dimensões, é construção de um pavimento, implantada perto do alinhamento da rua.
A fachada, emoldurada por cunhais e cimalhas bem marcadas, janelas de guilhotina com caixilhos de vidro, tem o aspecto característico da arquitetura senhorial da primeira metade do século XIX. A ocorrência de um incêndio em 1999 a danificou seriamente, encontrando-se, desde então, abandonada. Fonte: Inepac.
Tombamento provisório em 17/06/1983


AVENIDA SÃO PEDRO, 180 - SÃO PEDRO DA ALDEIA-RJ

Foto de 2006 - Fonte: O Globo

Atualmente é uma Igreja. Foto de 2019 - Google

O imóvel, do século XIX, tombado pelo Inepac e por lei municipal, integra o conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico do sítio histórico de São Pedro da Aldeia. A casa pertenceu ao escritor e poeta Cordelino Teixeira, que morreu em 1979 depois de educar milhares de Jovens. Cordelino, embora cego, foi uma das maiores personalidades da cultura do interior fluminense. Era membro da Academia Cabofriense de Letras e durante anos lecionou portugûes, latim e matemática em várias escolas da Costa do Sol. Fonte: O Globo.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

CONVENTO DO CARMO




Ossadas de animais e objetos do período colonial são achados durante a reforma do Convento do Carmo
Itens revelam a história escondida no casario de 1590, na Praça Quinze
Fonte: O Globo - Letícia Lopes*
05/09/2019 - 04:30 / Atualizado em 05/09/2019 – 04:33

A construção, tombada pelo Iphan e pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (Inepac), deixou de ser a casa dos carmelitas no início do século XIX para se tornar a moradia da Rainha Maria I, de Portugal, mãe de Dom João VI, que chegou ao Brasil em 1808 junto com a família real. A possibilidade de a obra revelar mais um sítio arqueológico no Centro do Rio já havia sido mencionada pela equipe que faz a reforma em janeiro, pouco depois do início da restauração.

Com 429 anos de história, o casario de três andares pertence hoje ao governo do estado. O imóvel já foi a sede do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro e ocupado pela Universidade Candido Mendes. Desde a construção, em 1590, a edificação passou por mais de dez intervenções em sua estrutura. A atual reforma, que deve ser concluída em 2022, vai custar R$ 14,5 milhões e está sendo bancada pela Procuradoria-Geral do Estado do Rio, cuja sede fica nos fundos do imóvel. Em troca, o órgão ocupará parte do antigo convento.

— É um prédio importantíssimo para a história política, religiosa e cultural. Estamos lidando com algo que conta cada passagem do Rio e do país. Temos que ter muito carinho e cuidado e valorizar bastante cada achado. No quintal do convento, é quase óbvio que serão encontrados vestígios de animais, não somente dos que eram criados, mas até dos que eram consumidos. Além do mais, estamos falando de uma época em que não existia coleta de lixo. Então, jogavam no quintal garrafas, copos, ossos de animais, e isso tudo acabava sendo enterrado quase que naturalmente nos terrenos — explicou o historiador e arquiteto Nireu Cavalcanti.

Para Cavalcanti, por conta da proximidade do antigo convento com a Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, existe a possibilidade de ossadas humanas serem encontradas na região do casario:

— Todas as igrejas coloniais, sem exceção, tinham um cemitério. Então, se cavar onde hoje está a Rua Sete de Setembro e um pouco para dentro, vão encontrar vestígios humanos. Além disso, também é possível que encontrem vestígios indígenas, já que toda essa orla era ocupada por tribos tupis.


terça-feira, 3 de setembro de 2019

PALÁCIO DOS URUBUS - MACAÉ-RJ

Processo de Tombamento: E-03/16.512/78
Localização: R. Dr. Télio Barreto
Tombamento Provisório: 12/12/1978
O Palácio dos Urubus (recebeu este nome, pela população, por abrigar em seu telhado os urubus que frequentavam um matadouro que existia por perto) é uma construção arquitetônica histórica, localizada na Rua Doutor Télio Barreto, no centro da cidade de Macaé, no Estado do Rio de Janeiro.
O projeto arquitetônico é assinado pelo alemão Antonio Becher, também responsável pela construção de outros monumentos relevantes como os solares das fazendas Machadinha e Mandiqüera, localizados em Quissamã (RJ). O Palácio dos Urubus é o seu único projeto urbano.
O terreno, Chácara do Vira-Pau, na antiga Rua do Colégio, pertencente ao Barão de Póvoa de Varzim, foi adquirido, em fevereiro de 1865, por uma campista, futura Viscondessa de Muriaé, na intenção de presentear seu neto e afilhado Manuel Pinto Ribeiro de Castro.
A construção sobradada foi erigida em 1865, com mão-de-obra de 16 escravos, para residência do campista comendador Manuel Pinto Ribeiro de Castro (neto dos barões de Muriahé e dos barões de Santa Rita) e sua esposa macaense Dona Felizarda Alchimenna Pereira Rabello e Gavinho (filha do comendador José Gavinho Viana), membros da alta aristocracia rural estabelecida no Norte Fluminense, em seu período áureo da produção de açúcar. Seu filho Augusto Marianno Gavinho Ribeiro de Castro herdou o sobrado e nele residiu com sua esposa Dona Rosa Monica do Loreto de Lima Nogueira da Gama e Gavinho (filha dos barões de Santa Monica, neta dos marqueses de Baependy e dos duques de Caxias), falecida no nascimento da filha Dona Julia Nogueira da Gama e Gavinho, em 1882.
Inicialmente conhecido como "Sobrado Ribeiro de Castro", seu mobiliário, louças e cristais foram importados da Europa, com procedências célebres como: Sevres, Limoges, Baccarat, Christofle, Saint Louis, entre outras. Este magnífico acervo hoje pertence a "Collecção Dona Rosa Joaquina", em Macaé (RJ).
A inauguração da obra em 21 de janeiro de 1866 contou com a presença da célebre cantora lírica italiana Augusta Candiani. O palacete recebeu visitantes ilustres como o Imperador Dom Pedro II, a Imperatriz D. Thereza Christina Maria, a Princesa D. Isabel e seu esposo o Conde d'Eu, a Baronesa de Fonseca Costa, o Conde de Yguaçu, o Barão Homem de Mello, e o Visconde de Araújo.
Em 1894 o prédio foi vendido, por sessenta contos de réis, ao advogado, político e delegado Emílio Francisco Caldas, figura folclórica conhecida como Chico Major. Depois dos Caldas, vieram as famílias Rodrigues, Pinto e Vieira. Fonte: Wikipédia


Década de 70.
Foto de 2016 - Fonte: G1
DIÁRIO DE MACAÉ - 28 E 29 DE JULHO DE 2003 
PALÁCIO DOS URUBUS: monumento tombado
Casarão da Rua Télio Barreto foi construído em 1865, no auge da cultura açucareira do município
Patrícia Lucena
patricia@odebateon.com.br

Apesar de toda a importância cultural para a cidade e do alerta da população que acompanhou a destruição gradativa de um dos monumentos históricos da cidade, o Palácio dos Urubus acabou sendo vencido pela ação do tempo. Construído por 16 escravos na época do império, o casarão começou a ruir a partir da década de 90, quando a defesa civil interditou o imóvel. Hoje, apenas a fachada principal está de pé, escorada por tapumes que escondem os escombros.

   A decadência do prédio começou logo após o seu tombamento, em 1979. Isso porque, na ocasião, não houve um bom diálogo entre Prefeitura, Instituto Nacional de Patrimônio Artístico e Cultural (Inepac) e os proprietários, que acabaram saindo do casarão.

   Na época em que Macaé vivia o apogeu da cana-de-açúcar, os grandes senhores de engenho começaram a construir seus casarões, baseados em modelos europeus e com muito luxo. A área rural ainda ficava longe da cidade, onde se concentravam os agitos da vida social. Foi então que o proprietário, Manoel Pinto Ribeiro de Castro, casado com a macaense Felizarda Alchimenna, recebeu a cas como presente de sua avó, A Viscondessa de Muriahé.

   Naquele tempo, Felizarda viviam muito só em sua fazenda, já que seu marido estava sempre viajando para a capital a negócios. Foi aí que ela decidiu que queria viver na cidade, próximo do murmurinho da época e de sua família. Lá teve dois filhos, o mais velho conde Augusto, acabou herdando a casa.

   No entanto após algumas decepções pessoais, como a morte de sua esposa, que faleceu no parto, aos 17 anos, Augusto decidiu vender a casa, em 1894. Já no período republicano, o novo proprietário do sobrado, Emílio Francisco Caldas, conhecido como Chico Major, comprou a casa por vontade sua mulher, que queria ter seus filhos na cidade. Entretanto, ele acabou morrendo alguns anos depois sem deixar herdeiros. O prédio ficou, então, para o governo, que acabou leiloando-o. A partir daí, diversas pessoas habitaram o "Sobrado dos Ribeiro de Castro" e acabaram descaracterizando o local, que foi transformado em cortiço, perdendo de vez seu "status" e beleza.

   A partir da década de 70, o segundo andar passou a ser habitado por famílias mais carentes. No primeiro pavimento começaram a funcionar pequenos comércios, como sapataria, entre outros. Já nessa época, o solar ganhou um novo nome, Palácio dos Urubus, pois havia um antigo matadouro próximo à casa, o que atraia muitos urubus que ficavam no telhado.

REQUINTE E MUITO LUXO
Construído na segunda metade do século XIX, o prédio tem seu projeto atribuído ao alemão Antônio Becher, que veio ao Brasil para fazer os projetos arquitetônicos de outros monumentos, como os solares da Mandiquera e Machadinha, em Quisssamã.

   A construção do casarão contou com tudo do bom e do melhor, no mais alto luxo. As grades e vidros de cristal foram importados da Alemanha e azulejos portugueses. O recheio da casa era valioso, com leitos de jacarandá com detalhes de flores, pássaros, brasão e dossel. A mobília da sala era dourada e estofada de pura seda. Em cada quarto, os oratórios em estilo barroco. No solar ainda existiam peças de valor imensurável, como álbuns de fotografias raras, porcelanas de Sèvres, do Macau e da Índia, além de um faqueiro de prata maciça, utilizada na visita de Dom Pedro II e Dona Tereza Christina Maria, onde foram servidos bolos, biscoitos, refrescos, entre outras guloseimas.

   Durante o período republicano, o casarão foi de grande importância, perdendo seu brilho na década de 70. Poucos são os registros fotográficos do lugar que marcou uma época de Macaé. Atualmente, não resta mais nada dessa história de luxo e riqueza da época dos senhores de engenho e da aristocracia macaense.

   O Palácio dos Urubus é hoje o único prédio tombado no município de Macaé pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), por decreto homologado em 31 de janeiro de 1979, após projeto de autoria do arquiteto macaense José Carlos Franco Correa.



    COLÉGIO ANCHIETA - NOVA FRIBURGO

    Colégio Anchieta,  na Rua General Osório, nº 181

    Tombamento provisório em E-03/1.632/78

    Fundado por padres e irmãos jesuítas vindos da Itália, no dia 12 de abril de 1886, ele começou a funcionar na casa-grande da antiga Fazenda do Morro Queimado, chamado de "Chateau du Röi" (Castelo do Rei, em francês) pelos colonos suíços, o rei, no caso era Dom João VI, que foi o autor do decreto que criou Friburgo em 1818. Desde a instalação da Vila de Nova Friburgo o Chateau funcionava como sede da Câmara Municipal — que foi então o único Poder durante os primeiros 98 anos de existência da cidade, e cujo vereador mais votado acabava sendo o presidente do Legislativo e, assim, acumulava também funções administrativas. Fonte: Wikipédia

    Em 1º de janeiro de 1901, com o aumento do número de alunos, iniciou-se a construção do grande edifício atual do Colégio Anchieta, que durou oito anos. Logo se tornou famoso e conhecido no Brasil pela excelente educação que dava a seus alunos.

    Nesse período inicial, o colégio funcionava em regime de internato e os filhos de Rui Barbosa, Euclides da Cunha e Capistrano de Abreu vieram estudar aqui. Outros alunos da época se tornaram célebres, como: Sobral Pinto, Amaral Peixoto, Artur Bernardes Filho e os Padres Leonel Franca, Saboia de Medeiros, Vioti e Aguiar e tantos outros. Fonte: Site do Colégio Anchieta.


    Gravura de J. Steimann, em cerca de 1830. A gravura retrata a sede da Fazenda do Morro do Queimado transformada em Administração e Capela da Colônia, que os suiçõs denominaram de "Chateau Du Roi".

    Cerca de 1910.

    Anúncio publicado na revista Brasil Ilustrado de 1921

    Vista aérea do Colégio - 2018