Processo de Tombamento: E-03/16.512/78
Localização: R. Dr. Télio Barreto
Tombamento Provisório: 12/12/1978
O Palácio dos Urubus (recebeu este nome, pela população, por abrigar em seu telhado os urubus que frequentavam um matadouro que existia por perto) é uma construção arquitetônica histórica, localizada na Rua Doutor Télio Barreto, no centro da cidade de Macaé, no Estado do Rio de Janeiro.
Localização: R. Dr. Télio Barreto
Tombamento Provisório: 12/12/1978
O Palácio dos Urubus (recebeu este nome, pela população, por abrigar em seu telhado os urubus que frequentavam um matadouro que existia por perto) é uma construção arquitetônica histórica, localizada na Rua Doutor Télio Barreto, no centro da cidade de Macaé, no Estado do Rio de Janeiro.
O projeto arquitetônico é assinado pelo alemão Antonio Becher, também responsável pela construção de outros monumentos relevantes como os solares das fazendas Machadinha e Mandiqüera, localizados em Quissamã (RJ). O Palácio dos Urubus é o seu único projeto urbano.
O terreno, Chácara do Vira-Pau, na antiga Rua do Colégio, pertencente ao Barão de Póvoa de Varzim, foi adquirido, em fevereiro de 1865, por uma campista, futura Viscondessa de Muriaé, na intenção de presentear seu neto e afilhado Manuel Pinto Ribeiro de Castro.
A construção sobradada foi erigida em 1865, com mão-de-obra de 16 escravos, para residência do campista comendador Manuel Pinto Ribeiro de Castro (neto dos barões de Muriahé e dos barões de Santa Rita) e sua esposa macaense Dona Felizarda Alchimenna Pereira Rabello e Gavinho (filha do comendador José Gavinho Viana), membros da alta aristocracia rural estabelecida no Norte Fluminense, em seu período áureo da produção de açúcar. Seu filho Augusto Marianno Gavinho Ribeiro de Castro herdou o sobrado e nele residiu com sua esposa Dona Rosa Monica do Loreto de Lima Nogueira da Gama e Gavinho (filha dos barões de Santa Monica, neta dos marqueses de Baependy e dos duques de Caxias), falecida no nascimento da filha Dona Julia Nogueira da Gama e Gavinho, em 1882.
Inicialmente conhecido como "Sobrado Ribeiro de Castro", seu mobiliário, louças e cristais foram importados da Europa, com procedências célebres como: Sevres, Limoges, Baccarat, Christofle, Saint Louis, entre outras. Este magnífico acervo hoje pertence a "Collecção Dona Rosa Joaquina", em Macaé (RJ).
A inauguração da obra em 21 de janeiro de 1866 contou com a presença da célebre cantora lírica italiana Augusta Candiani. O palacete recebeu visitantes ilustres como o Imperador Dom Pedro II, a Imperatriz D. Thereza Christina Maria, a Princesa D. Isabel e seu esposo o Conde d'Eu, a Baronesa de Fonseca Costa, o Conde de Yguaçu, o Barão Homem de Mello, e o Visconde de Araújo.
Em 1894 o prédio foi vendido, por sessenta contos de réis, ao advogado, político e delegado Emílio Francisco Caldas, figura folclórica conhecida como Chico Major. Depois dos Caldas, vieram as famílias Rodrigues, Pinto e Vieira. Fonte: Wikipédia
O terreno, Chácara do Vira-Pau, na antiga Rua do Colégio, pertencente ao Barão de Póvoa de Varzim, foi adquirido, em fevereiro de 1865, por uma campista, futura Viscondessa de Muriaé, na intenção de presentear seu neto e afilhado Manuel Pinto Ribeiro de Castro.
A construção sobradada foi erigida em 1865, com mão-de-obra de 16 escravos, para residência do campista comendador Manuel Pinto Ribeiro de Castro (neto dos barões de Muriahé e dos barões de Santa Rita) e sua esposa macaense Dona Felizarda Alchimenna Pereira Rabello e Gavinho (filha do comendador José Gavinho Viana), membros da alta aristocracia rural estabelecida no Norte Fluminense, em seu período áureo da produção de açúcar. Seu filho Augusto Marianno Gavinho Ribeiro de Castro herdou o sobrado e nele residiu com sua esposa Dona Rosa Monica do Loreto de Lima Nogueira da Gama e Gavinho (filha dos barões de Santa Monica, neta dos marqueses de Baependy e dos duques de Caxias), falecida no nascimento da filha Dona Julia Nogueira da Gama e Gavinho, em 1882.
Inicialmente conhecido como "Sobrado Ribeiro de Castro", seu mobiliário, louças e cristais foram importados da Europa, com procedências célebres como: Sevres, Limoges, Baccarat, Christofle, Saint Louis, entre outras. Este magnífico acervo hoje pertence a "Collecção Dona Rosa Joaquina", em Macaé (RJ).
A inauguração da obra em 21 de janeiro de 1866 contou com a presença da célebre cantora lírica italiana Augusta Candiani. O palacete recebeu visitantes ilustres como o Imperador Dom Pedro II, a Imperatriz D. Thereza Christina Maria, a Princesa D. Isabel e seu esposo o Conde d'Eu, a Baronesa de Fonseca Costa, o Conde de Yguaçu, o Barão Homem de Mello, e o Visconde de Araújo.
Em 1894 o prédio foi vendido, por sessenta contos de réis, ao advogado, político e delegado Emílio Francisco Caldas, figura folclórica conhecida como Chico Major. Depois dos Caldas, vieram as famílias Rodrigues, Pinto e Vieira. Fonte: Wikipédia
Década de 70.
Foto de 2016 - Fonte: G1
DIÁRIO DE MACAÉ - 28 E 29 DE JULHO DE 2003
PALÁCIO DOS URUBUS: monumento tombado
Casarão da Rua Télio Barreto foi construído em 1865, no auge da cultura açucareira do município
Patrícia Lucena
patricia@odebateon.com.br
Apesar de toda a importância cultural para a cidade e do alerta da população que acompanhou a destruição gradativa de um dos monumentos históricos da cidade, o Palácio dos Urubus acabou sendo vencido pela ação do tempo. Construído por 16 escravos na época do império, o casarão começou a ruir a partir da década de 90, quando a defesa civil interditou o imóvel. Hoje, apenas a fachada principal está de pé, escorada por tapumes que escondem os escombros.
A decadência do prédio começou logo após o seu tombamento, em 1979. Isso porque, na ocasião, não houve um bom diálogo entre Prefeitura, Instituto Nacional de Patrimônio Artístico e Cultural (Inepac) e os proprietários, que acabaram saindo do casarão.
Na época em que Macaé vivia o apogeu da cana-de-açúcar, os grandes senhores de engenho começaram a construir seus casarões, baseados em modelos europeus e com muito luxo. A área rural ainda ficava longe da cidade, onde se concentravam os agitos da vida social. Foi então que o proprietário, Manoel Pinto Ribeiro de Castro, casado com a macaense Felizarda Alchimenna, recebeu a cas como presente de sua avó, A Viscondessa de Muriahé.
Naquele tempo, Felizarda viviam muito só em sua fazenda, já que seu marido estava sempre viajando para a capital a negócios. Foi aí que ela decidiu que queria viver na cidade, próximo do murmurinho da época e de sua família. Lá teve dois filhos, o mais velho conde Augusto, acabou herdando a casa.
No entanto após algumas decepções pessoais, como a morte de sua esposa, que faleceu no parto, aos 17 anos, Augusto decidiu vender a casa, em 1894. Já no período republicano, o novo proprietário do sobrado, Emílio Francisco Caldas, conhecido como Chico Major, comprou a casa por vontade sua mulher, que queria ter seus filhos na cidade. Entretanto, ele acabou morrendo alguns anos depois sem deixar herdeiros. O prédio ficou, então, para o governo, que acabou leiloando-o. A partir daí, diversas pessoas habitaram o "Sobrado dos Ribeiro de Castro" e acabaram descaracterizando o local, que foi transformado em cortiço, perdendo de vez seu "status" e beleza.
A partir da década de 70, o segundo andar passou a ser habitado por famílias mais carentes. No primeiro pavimento começaram a funcionar pequenos comércios, como sapataria, entre outros. Já nessa época, o solar ganhou um novo nome, Palácio dos Urubus, pois havia um antigo matadouro próximo à casa, o que atraia muitos urubus que ficavam no telhado.
REQUINTE E MUITO LUXO
Construído na segunda metade do século XIX, o prédio tem seu projeto atribuído ao alemão Antônio Becher, que veio ao Brasil para fazer os projetos arquitetônicos de outros monumentos, como os solares da Mandiquera e Machadinha, em Quisssamã.
A construção do casarão contou com tudo do bom e do melhor, no mais alto luxo. As grades e vidros de cristal foram importados da Alemanha e azulejos portugueses. O recheio da casa era valioso, com leitos de jacarandá com detalhes de flores, pássaros, brasão e dossel. A mobília da sala era dourada e estofada de pura seda. Em cada quarto, os oratórios em estilo barroco. No solar ainda existiam peças de valor imensurável, como álbuns de fotografias raras, porcelanas de Sèvres, do Macau e da Índia, além de um faqueiro de prata maciça, utilizada na visita de Dom Pedro II e Dona Tereza Christina Maria, onde foram servidos bolos, biscoitos, refrescos, entre outras guloseimas.
Durante o período republicano, o casarão foi de grande importância, perdendo seu brilho na década de 70. Poucos são os registros fotográficos do lugar que marcou uma época de Macaé. Atualmente, não resta mais nada dessa história de luxo e riqueza da época dos senhores de engenho e da aristocracia macaense.
O Palácio dos Urubus é hoje o único prédio tombado no município de Macaé pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), por decreto homologado em 31 de janeiro de 1979, após projeto de autoria do arquiteto macaense José Carlos Franco Correa.
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