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terça-feira, 17 de setembro de 2019

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA CABEÇA - RUA FARO, 80 - JARDIM BOTÂNICO

Trata-se de um dos mais antigos templos religiosos da cidade que manteve sua configuração original. Pela sua importância histórica, além do tombamento federal que data de 1965, esta recebeu recentemente o tombamento municipal, através do Decreto n°24.525 de 13 de agosto de 2004. A capela de Nossa Senhora da Cabeça está situada nos terrenos da Casa Maternal Mello Mattos, na Rua Faro 80, na encosta do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, envolta pela mata remanescente da Floresta da Tijuca.

"Situada na encosta do Jardim Botânico, envolta pela mata da Floresta da Tijuca, a igrejinha foi erguida, provavelmente entre 1603 e 1607, por ordem do governador Martim Corrêa de Sá, às margens de um riacho também batizado de Cabeça. O culto à Virgem de mesmo nome foi iniciado pelo mandatário da Capitania Real do Rio de Janeiro, tendo sido sua família a responsável pela vinda da imagem diretamente de Portugal.

A estrutura da capela é composta por uma fachada simples, com frontão triangular e ombreiras de
cantaria, duas janelas gradeadas e uma porta almofadada de madeira. Do lado de dentro, há um único cômodo, pavimentado com lajotas de barro e coberto por abóbada de berço feita de alvenaria. O altar é de madeira, com veios policromados já do século XVIII.

No período de sua execução, as áreas onde hoje estão os bairros da Tijuca, Laranjeiras, Gávea e Andaraí eram dominadas pelos engenhos de açúcar. Entre 1576 e 1577, uma fábrica de açúcar nas proximidades da Lagoa de Sacopenapã (atual Rodrigo de Freitas) recebeu a denominação de Engenho d’El Rei, impulsionando o desenvolvimento da região. A construção de capelas havia se tornado comum nas fazendas e chácaras de proprietários com boa situação econômica, como forma de reduzir os grandes deslocamentos até paróquias da cidade para cumprir as atividades religiosas dos moradores.

Ao longo dos anos, a igrejinha sofreu diversas reformas, sendo a última em 2005, quando foram recuperados o telhado, esquadrias, alvenarias de pedra e cal e o piso. Durante a intervenção, acompanhada por arqueólogos, encontraram-se vestígios de louça, vidro e outros materiais dos séculos XVII, XVIII e XIX." Fonte: Almanaque Carioquice 2018








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