Construção da primeira metade do século XIX, a casa serviu de
moradia para a família de Joaquim José Teixeira Leite, comissário
de café, um dos personagens mais importantes daquele período. Foi
também, bacharel em direito, deputado, presidente da Câmara de
Vassouras e até vice-presidente da Província do Rio de Janeiro.
Entre seus habitantes ilustres, destaca-se a filha mais nova de
Joaquim José, Eufrásia Teixeira Leite (1850-1930), - figura de personalidade
forte, habituada ao luxo e ao requinte de Paris.
Ao viajarem para
Paris em 1873, após receberem a herança, Eufrásia e Francisca
deixaram dois empregados tomando conta da Chácara da Hera, um deles
era Manoel da Silva Rebello. Eufrásia mantinha correspondência
frequente com Manoel, acompanhando, a distância, os cuidados com a
casa na qual passou a infância e a juventude. Manoel cuidou da
residência por 36 anos e foi ele quem, em 1887, plantou a hera que
cobriu as antigas paredes brancas da infância de Eufrásia. Se a
propriedade hoje é conhecida como “Casa da Hera”, devemos isso
ao gosto paisagístico do caseiro Manoel Rebello, certamente
compartilhado com Eufrásia, que não se opôs à planta. Ao morrer,
em 1930, Eufrásia doou a entidades filantrópicas todos os seus
bens, entre eles a Casa da Hera.
Curiosidades:
>> Eufrásia
foi noiva de Joaquim Nabuco. Se conheceram a bordo do navio que os
levava para a Europa.
>> Frequentava a casa da Princesa Isabel, em Paris.
>> Frequentava a casa da Princesa Isabel, em Paris.
>> Seu tio era
o Barão de Vassouras.
Tombada em 1952, a
construção passou ao Iphan dez anos depois. Além do mobiliário,
quadros e objetos de uso doméstico, seu acervo inclui ainda vasta
biblioteca e uma coleção de trajes de origem francesa, considerada
das mais importantes do Brasil.
Foto: RJ1 - TV Rio Sul
Foto: RJ1 - TV Rio Sul
Eufrásia Teixeira Leite
Local onde viveu Eufrásia em Paris. Originalmente o palacete residido por Eufrásia tinha 5 andares, na Rua Bassano, n. 40, oitavo arrondissement de Paris, próximo ao Arco do Triunfo,
centro financeiro e comercial da cidade no século XIX. Rica por herança, o palacete era emblemático da transformação de Eufrásia em milionária pelo seu talento no mundo financeiro.
Fonte/Foto: Livreto da Casa da Hera / Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário